sexta-feira, 6 de setembro de 2013

De tudo ao meu amor serei atento
Antes,e com tal zelo,e sempre,e tanto que mesmo em face do maior encanto
dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento e em seu louvor hei de espalhar meu canto.
E rir meu riso e derramar meu pranto,ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim,quando mais tarde me procure quem sabe a morte,angústia de quem vive.
Quem sabe a solidão,fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive) :
Que não seja imortal,posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
                          Soneto de fidelidade , Vinícius de Moraes.

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